Você não nasceu para mendigar amor, muito menos para virar prisioneira dele.

Eu não escrevi este livro em dias leves ou em cafés silenciosos. Escrevi com o peito apertado, tentando entender por que o amor, algo que deveria libertar, às vezes se torna a corrente mais pesada.

Escrevi lembrando das noites em que a dor parecia mais fiel que a própria esperança. Das vezes em que amar virou sobrevivência, e não escolha.

Este livro é para quem já se perdeu tentando salvar alguém. Para quem se confundiu entre amor e prisão. Para quem carregou o mundo, mas esqueceu de si.

Você merece a própria liberdade.

“Talvez ninguém saiba, mas você já dormiu com o coração em alerta. O celular virava sua coleira: um ‘visto’, um ‘digitando’ ou um ‘online’ tinham poder de decidir se você ia respirar em paz ou passar a noite em pedaços.

Você começou a mudar o tom de voz, as roupas, os horários, os sonhos. Cada ‘tá exagerando’, ‘isso é coisa da sua cabeça’ e ‘se você me amasse de verdade, faria isso por mim’ arrancou um pedaço da mulher que você era antes dele.

Não foi de uma vez. Foi aos poucos. Primeiro você parou de responder algumas amigas. Depois, de falar o que sentia. Por fim, parou de dizer ‘não’. E quando percebeu, já não sabia se o que doía mais era a forma como ele te tratava… ou a forma como você aprendeu a se tratar para continuar com ele.

Este capítulo não veio para passar a mão na sua cabeça. Ele veio para te entregar a verdade que ninguém teve coragem de dizer: isso nunca foi amor — foi um cativeiro emocional. E você não precisa continuar cumprindo essa sentença.”

“Eu chorei lendo. Era como se alguém finalmente tivesse traduzido tudo aquilo que eu sentia, mas nunca soube dizer. Esse livro me mostrou que não era amor — era prisão. E me mostrou como sair.”